A Greenpeace liberta tubarões capturados por um barco de pesca espanhol e denuncia a insustentabilidade da pesca industrial
Dia Mundial dos Oceanos
A Greenpeace liberta tubarões capturados por um barco de pesca espanhol e denuncia a insustentabilidade da pesca industrial
- Ativistas da Greenpeace apreendem 20 quilómetros de palangre de superfície no Oceano Pacífico Sul, libertando várias espécies em perigo.
- Na próxima semana terá lugar a Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, em Nice, e apenas 31 países ratificaram o Tratado Global dos Oceanos, dos 60 necessários para a sua entrada em vigor.
Lisboa, 8 de junho de 2025 — Ativistas da Greenpeace interromperam uma operação de pesca industrial com palangre de superfície no Oceano Pacífico Sul, perto da Nova Zelândia, confiscando quase 20 quilómetros de linha de pesca (palangre) e mais de 210 anzóis de um navio pesqueiro industrial com bandeira espanhola.
A tripulação a bordo do navio da Greenpeace, o Rainbow Warrior, com o apoio de especialistas, libertou mais de uma dezena de animais vivos, incluindo um tubarão-mako em perigo de extinção, oito tubarões azuis ou tintureiras, quase ameaçados, e quatro espadartes. Também documentaram tubarões capturados em risco de extinção, durante a recolha do palangre.
IMAGENS AQUI: https://media.greenpeace.org/Detail/27MZIFJVCP2NV
37% dos recursos pesqueiros a nível mundial encontram-se sobreexplorados, como consequência de uma atividade pesqueira insustentável e com um ritmo de extração e produção de recursos que supera, e muito, a capacidade de regeneração dos mesmos.
Isto, aliado à baixa seletividade das artes de pesca industriais e às políticas públicas que têm financiado as grandes frotas, tem levado a que a frota espanhola se tenha deslocado cada vez mais longe, para águas de países terceiros, para continuar a pescar.
A Greenpeace exige aos líderes mundiais, durante a Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos (UNOC), em Nice, a proteção de 30% dos oceanos do mundo até 2030, para travar esta destruição insensata. É urgente garantir a ratificação dos 60 países necessários para a entrada em vigor do Tratado Global dos Oceanos, bem como estabelecer um roteiro claro que permita proteger 30% das águas internacionais até 2030, incluindo a declaração dos primeiros santuários oceânicos, eficazmente protegidos.