Marcha pela Palestina: Lisboa, 19 de outubro às 15h30

Outubro 15, 2025

Lisboa, 15 de outubro

Organização conjunta da Amnistia Internacional Portugal, Fundação José Saramago, Greenpeace Portugal, Médicos Sem Fronteiras Portugal e Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina.

A Marcha pela Palestina, numa mobilização conjunta de solidariedade e clamor pela dignidade e vida do povo palestiniano, sai à rua no domingo, dia 19 de outubro, com partida do Rossio, às 15h30, e chegada ao Largo José Saramago (Campo das Cebolas).

Assentes em décadas de ocupação e de apartheid, os últimos dois anos viram o povo palestiniano tornar-se vítima de uma agressão genocida, sofrendo as consequências desumanas de ver a sua vida reduzida a ruínas e os seus direitos fundamentais sistematicamente violados. A impunidade do Estado de Israel e o sofrimento atroz do povo palestiniano não podem continuar – é um imperativo de humanidade. Com esta iniciativa, as entidades co-organizadoras afirmam que a paz só é possível com justiça: exigem o fim do genocídio, do regime de apartheid e da ocupação da Palestina, o levantamento imediato do bloqueio ilegal imposto a Gaza e a pronta entrada de ajuda humanitária sem quaisquer restrições, bem como a responsabilização pelos crimes cometidos. 

O percurso da Marcha pela Palestina termina, simbolicamente, junto à oliveira do Largo José Saramago, onde será lido o manifesto desta iniciativa e várias intervenções, incluindo de Jonatan Benebgui, ativista da Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina, e de Dima Mohammed, académica e ativista luso palestiniana. 

“O cessar-fogo exige de todos nós um alerta permanente sobre o futuro da Palestina: as hostilidades devem parar de facto e o bloqueio deve ser totalmente levantado. Para que qualquer acordo seja duradouro e bem-sucedido, ele tem de estar firmemente enraizado no respeito pelos direitos humanos e pelo direito internacional e deve incluir o fim imediato do genocídio de Israel contra os palestinianos em Gaza, acabar com a ocupação ilegal de todo o Território Palestiniano Ocupado e desmantelar o sistema de apartheid.” – Diretor-Geral da Amnistia Internacional Portugal, João Godinho Martins. 

“«Um dia se fará a história do povo palestino e ela será um monumento à indignidade e cobardia dos povos», afirmava José Saramago em 2007. Hoje, passados 18 anos, e uma vez mais, saímos à rua para exigir o fim do genocídio, dignidade para o povo da Palestina, a paz!” – Diretor-Executivo da Fundação José Saramago, Sérgio Machado Letria. 

“A Greenpeace alerta que a violência em Gaza destrói vidas e o meio ambiente. Bombardeamentos e bloqueios causam devastação ecológica e agravam a falta de água, alimentos e energia. Justiça climática e social são inseparáveis: proteger o ambiente é também defender a vida e a dignidade do povo palestiniano.” – Diretor da Greenpeace Portugal, Toni Melajoki Roseiro. 

“O que as equipas da Médicos Sem Fronteiras têm visto na Faixa de Gaza é um genocídio. Se os palestinianos não estão a ser assassinados por bombardeamentos, estão a ser assassinados pela falta de alimentos e água ou pela escassez de provisões médicas nos hospitais, os quais são também implacavelmente atacados. É urgentemente necessária uma solução duradoura que restaure e mantenha, de uma vez por todas, a dignidade do povo palestiniano.” – Diretor-Geral da Médicos Sem Fronteiras Portugal, João Antunes

 “As palavras do pensador Palestino Edward Said, escritas há quase meio século (no livro The Question of Palestine, 1979), continuam a ressoar com uma atualidade dolorosa: “A paz não pode nascer da aceitação da injustiça; só pode assentar na restauração dos direitos.” – Dima Mohammed, da Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina.


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